CPAT oferece 34% menos vagas na 1ª quinzena do ano do que em 2016

Neste ano, foram ofertadas 347 vagas no período. Em 2015, foram 1.278.
Segundo economista do CPAT, a 'expectativa é que essa situação continue'.

CPAT registrou queda no número de vagas oferecidas nos últimos dois anos (Foto: Murillo Gomes/G1)
Na primeira quinzena de 2017, o Centro Público de Apoio ao Trabalhador (CPAT) de Campinas (SP) ofertou 347 vagas de emprego. No mesmo período em 2015 e 2016, interessados encontraram 1.278 e 526 oportunidades, respectivamente, de acordo com dados da Prefeitura. A queda registrada no período foi de 78% em relação a 2015, e 34% em 2016.

Também houve declínio no número de vagas disponibilizadas pelo CPAT no acumulado entre janeiro e dezembro dos últimos dois anos. Em 2015, foram oferecidas 11.299 oportunidades, contra 5.748 no ano seguinte, queda de 49,1%.

Baixa expectativa
De acordo com o economista da Secretaria de Trabalho e Renda de Campinas, André Fonseca, não é possível prever quantas vagas o balcão de empregos vai oferecer neste ano, mas a tendência é de que o número permaneça em baixa.

“Não há sinalização ainda de uma reversão deste quadro. Em princípio, a expectativa é de que haja permanência dos saldos negativos entre admissão e desligamentos. A expectativa ao longo de 2017, é que essa situação continue”, explica André Fonseca, economista do CPAT.

Para o economista, as empresas estão cuidadosas no momento de fazer novas contratações, o que influencia no baixo número de vagas oferecidas. “Não há previsão de investimento tão já, e os indicadores de consumo estão ruins, a gente não tem ainda uma sinalização de reversão deste quadro negativo."
Interessados buscam oportunidades no quadro de vagas do CPAT de Campinas (Foto: Murillo Gomes/G1)
Sem reposições
Segundo a coordenadora do Sistema Nacional de Emprego (Sine) de Campinas e responsável pela área de emprego formal da Prefeitura, Silvia Garcia, o mês de janeiro se caracterizou por ser uma época em que as empresas buscavam a reposição de parte das vagas que foram fechadas no ano anterior, mas 2017 tem sido diferente.

“Como reflexo da crise, a gente ainda identifica perdas de postos, fechamento de postos de trabalho, e isso reflete no número de vagas ofertadas”, diz. Apesar do menor número de oportunidades, ela explica que determinados setores seguem em alta no mercado.

“O que a gente identifica são alguns setores que ainda ofertam vagas. Por exemplo, o setor de serviços de alimentação, serviços de limpeza, de vigilância [...] são profissões que estão ligadas ao serviço básico do cidadão, e continuam criando vagas no mercado de trabalho”, explica Silvia.

Aberta às opções
A estudante Camila Marques está fora do mercado de trabalho há um ano e oito meses, e conta que buscou apenas estágios na área de arquitetura após sair do antigo emprego. Hoje, com uma seletividade menor, a esperança é retornar ao mercado o mais breve possível.

“Essa procura levou um bom tempo e está cada vez mais difícil. Eu vou continuar procurando estágio, tenho muito foco ainda na minha área, mas se algo surgir vai ser bem vindo.

Com a busca constante por uma oportunidade, ela torce por uma recuperação econômica breve. “Parece que as empresas estão sem emprego para nós, e isso é bem nítido quando os anúncios de vaga só oferecem uma oportunidade [...] mas tenho esperança que logo isso mude pra melhor."
, conta a Camila Marques - estudante.

Agência pública de empregos
Ao mesmo tempo em que foram oferecidas 17.047 vagas em 2015 e 2016, a Prefeitura registrou, no mesmo período, 344.696 atendimentos para busca de empregos no CPAT.  Para Silvia Garcia, é importante que as empresas saibam que a oferta de postos no balcão de empregos da Prefeitura é gratuita para todas as partes, o que aumentaria o número de oportunidades.

“Não há custo nenhum, nem para o trabalhador e nem para o empregador. A gente dispõe de um banco de trabalhadores muito grande, temos mais de 140 mil cadastrados no CPAT”, diz a coordenadora.

Através do CPAT, é possível encontrar vagas efetivas, temporárias, de estágio e de aprendiz. O local também oferece vagas exclusivas para pessoas com deficiência. Interessados podem cadastrar currículo e buscar novas oportunidades diariamente através do site do centro, ou presencialmente nos endereços abaixo:

Unidade Centro
Avenida Campos Sales, 427 – Centro, Campinas, SP
De 2ª. a 6ª. feira - Das 8h às 18h
Obs.: O atendimento na última 6ª. feira do mês é encerrado às 12h

Unidade Ouro Verde
Rua Armando Frederico Renganeschi, 197, Jardim Cristina
segunda a sexta-feira, das 8h às 16h
Obs: atendimento na última sexta-feira do mês é encerrado às 11h

Unidade Campo Grande
Rua Manoel Machado Pereira, 902
segunda a sexta-feira, das 8h às 16h
Obs: atendimento na última sexta-feira do mês é encerrado às 11h
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