Fase amarela começa a valer hoje em Campinas; reveja as regras
Movimento no Centro de Campinas durante a pandemia. (Foto: Denny Cesare/Código 19) |
As regras
da fase amarela do Plano São Paulo de flexibilização da quarentena de combate
ao coronavírus passam a valer hoje (2) em Campinas. O DRS (Departamento
Regional de Saúde) de Campinas regrediu, assim como todas as regiões do Estado
na última segunda-feira (30), um dia após as eleições municipais.
O anúncio
da volta para a fase de mais restrições foi feito pelo governador João Doria
(PSDB) e na tarde do mesmo dia o prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB)
anunciou o começo das medidas para hoje. Durante a declaração, o prefeito ainda
citou medidas de ampliação de leitos e plano de contingência.
O decreto
estadual foi publicado ontem (1º), já determinando o início das medidas, que
vão valer até o dia 4 de janeiro, dia da nova reclassificação, que só vai
acontecer após o Natal e o Ano Novo.
Desde
outubro a região de Campinas estava na fase verde do Plano São Paulo, com
comércios e serviços autorizados a funcionar com a capacidade de ocupação
autorizada em até 60% e autorização para o funcionamento dos estabelecimentos
em até 12h diárias. Antes disso, a cidade ficou por mais de dois meses na fase
amarela.
Com a
mudança, a partir de hoje todos os setores devem limitar o público em 40% da
ocupação. Além disso, os estabelecimentos voltam a ter o funcionamento limitado
à no máximo 10h por dia.
O decreto
ainda proíbe eventos com públicos em pé, e limita o funcionamento dos setores
até as 22h, sendo que essa última regra, no entanto, deverá ter especificidades
em Campinas. Segundo Jonas, apesar da obrigação do fechamento às 22h, bares e
restaurantes permanecem autorizados a manter o público que já estiver no local
até meia-noite.
Mesmo com
a mudança, salões, academias, teatros, cinemas e parques continuam funcionando,
seguindo as mesmas regras. O retrocesso também não altera o cronograma de volta
às aulas, permitindo que as escolas continuem abertas.
MOTIVAÇÕES
Desde a semana passada, com uma
alta na taxa de transmissão do coronavírus e nas internações no estado de São
Paulo, o centro de contingência já havia sinalizado o pedido ao governador João
Doria (PSDB) por uma volta no endurecimento nas medidas de isolamento social.
Dória, por sua vez, afirmou que a regressão poderia acontecer dependendo do
cenário encontrado.
A reclassificação do plano era
programada para o último dia 16 de novembro, mas foi adiada para segunda (30),
com o governo estadual alegando instabilidades nos dados sobre óbitos e casos
por causa de falhas no sistema do governo federal.
Segundo Doria, o regresso de todo
o Estado foi decidido por causa do aumento de casos e do volta do descontrole
no número de casos.
"Aqui em São Paulo vamos
seguir dentro do nosso programa, insistir até a chegada da vacina. Com claro
aumento da instabilidade da pandemia, decidimos que 100% do Estado vai retornar
para a fase amarela, a medida não fecha comercio, nem bares nem restaurantes,
mas é uma medida mais restritiva para evitar aglomerações e o contágio",
afirmou, citando que a situação tem que ser controlada até a chegada de um
imunizante.
Apesar dos motivos apresentados
pelo governo estadual, o prefeito de Campinas criticou a forma de anúncio,
dizendo que não houve comunicado aos prefeitos das cidades.
"Acredito que essa medida
foi uma forma das autoridades em saúde de dizer à população de que a pandemia
não acabou. Acho compreensível, mas acho que poderia ter sido discutido com os
prefeitos", disse.
O QUE MUDA:
- Eventos com público em pé
passam a ser proibidos
- Ocupação máxima de shopping
centers, galerias, comércio e serviços passa de 60% para 40% da capacidade e o
horário de funcionamento passa a ser reduzido de 12 para 10 horas por
dia;
- Ocupação máxima de restaurantes
ou bares para consumo local passa de 60% para 40% e o horário de funcionamento
será restrito a 10 horas por dia e até as 22 horas.
- Ocupação máxima de salões e
barbearias passa de 60% para 40% da capacidade e o horário de funcionamento
passa a ser reduzido de 12 para 10 horas por dia;
- Eventos, convenções e
atividades terão sua capacidade máxima limitada de 60% para 40%, o controle de
acesso é obrigatório, assim como hora e assentos marcados.
- Academias de esporte de todas
as modalidades e centros de ginástica terão capacidade reduzida de 60% para 30%
e aulas e práticas em grupo estão suspensas
- Cinemas teatros e museus podem
permanecer abertos, com prefeituras tendo autonomia para decidirem sobre o
funcionamento.
- Aulas permanecem (em Campinas
as aulas presenciais da rede municipais estão suspensas, mas a rede privada e
estadual estão autorizadas)
Fonte: ACidadeOn
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